A importância da Governança Corporativa e sua aplicação em pequenos e médios negócios.
- luizfernandosilva

- 9 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Um guia sobre o GRC e a importância de sua aplicação em pequenos e médios negócios.

É bem provável que você já tenha ouvido o termo Governança Corporativa (GC) e pesquisando veremos que existem algumas formas de definição deste termo, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa define que GC é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo o relacionamento entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal.
De uma maneira resumida, podemos dizer que as boas práticas de GC têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
A discussão sobre a criação de valor para os acionistas é abrangente. Não se trata apenas de implementar um novo modelo de mensuração de resultados, baseado em novos conceitos financeiros e econômicos, a questão transcende a parte técnica e passa também pela área do comportamento e da atitude dos colaboradores e gestores e a própria cultura organizacional.
Assim, faz-se necessário a criação de uma cultura organizacional baseada em valor, fazendo com que os gestores percebam efetivamente que os resultados alcançados serão de fato compartilhados através da sua remuneração. É importante despertar nos colaboradores o sentimento de pertencer à organização para que os mesmos pensem e hajam como se fossem proprietários da empresa, contribuindo com o processo de criação de valor da empresa.
Dentro deste contexto a GC possui um papel fundamental, uma vez que seus mecanismos visam estabelecer um ambiente de monitoramento e controle do poder da direção e dos negócios da empresa, assegurando a perenidade da organização dentro dos princípios éticos, protegendo os direitos dos acionistas e administrando eventuais conflitos de interesse gerados em função da separação da propriedade da gestão.
Conceitualmente, GC está, intrinsecamente, ligada aos mecanismos ou princípios que governam o processo decisório dentro de uma empresa.
Pois bem, então como uma empresa de pequeno ou médio porte que em sua grande maioria não possui acionistas e são administradas pelo próprio dono poderia obter vantagens da GC e aplicá-la no seu negócio?
Toda empresa independente do seu porte busca aumentar seu valor (valor da sociedade), obter recursos financeiros com taxas de juros menores (fácil acesso ao capital) e continuar a existir (perenidade), esses três objetivos fazem parte das boas práticas de GC mencionadas inicialmente, assim se aplicadas ao negócio à probabilidade de sucesso aumenta.
Umas das razões fundamentais para o despertar da GC foi o oportunismo de gestores face à dispersão e à ausência dos acionistas. Baseando-se num pequeno ou médio negócio veremos que essa razão pode aplicar-se, uma vez que podemos substituir os gestores por colaboradores e a ausência dos acionistas por falta de controles e, dessa maneira justificar o uso das boas práticas de GC neste setor.
A GC tem como um dos seus valores o Compliance que é a conformidade no cumprimento de normas reguladoras, expressas nos estatutos sociais, nos regimes internos e externos e nas instituições legais do país.
Os escândalos recentes em nosso país e a Lei-anticorrupção são temas relacionados diretamente com Compliance e, as grandes organizações estão prevenindo-se contra as ameaças de naturezas ilícitas.
Todavia, a questão de Compliance, a corrupção e outros tipos de fraudes não é um problema apenas de grandes organizações e podem afetar significativamente pequenos e médios negócios.
Fique atento e implemente as boas práticas de GC e seu programa de Compliance, algumas empresas já avaliam o seu programa de atendimento às leis e regulamentos internos e externos como pré-requisito para considerá-lo ou não como seu fornecedor ou prestador de serviços.

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